Keirrison: 'Darei minha vida no Santos'

terça-feira, 13 de julho de 2010

K9 fala com exclusividade ao LANCENET! e pretende iniciar uma nova fase da carreira atuando no Peixe
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Keirrison não fala muito. Um pouco introspectivo, de fala mansa, deixa com que as pernas, ou melhor, os gols respondam por ele – já marcou 93, em apenas 175 jogos na carreira.

Em busca de felicidade retorna ao país justamente no clube que mais fez sofrer para, enfim, reencontrar o seu rumo: o caminho das redes. Como o próprio presidente santista já falou: – Agora só espero que não faça gol contra!

E ele esbanja vontade, diz estar mais maduro, até porque em menos de um ano rodou por quatro clubes diferentes: Palmeiras – onde se destacou –, Barcelona (ESP), Benfica (POR) e Fiorentina (ITA).

Mesmo após idas e vindas no melhor futebol do mundo, K9 não reclama de uma temporada praticamente perdida, acredita ter sido boa, ao menos para a cabeça.
Ele, mais do que nunca, está disposto a ficar e criar raízes:

– Eu estipulei que para voltar para cá teria que fazer uma temporada toda, eu fico.

Keirrison inicia a promessa nesta terça-feira, na assinatura do contrato.

Mas demorou mais de um mês para que o “sim” fosse consumado e o casamento com o novo clube, enfim, virasse realidade. Agora, não tem mais imbróglio, uma união que tende ser promissora para os dois lados.

O atacante precisa do Santos, quer voltar a jogar, a fazer gols e deve encontrar em Dorival, Neymar, Ganso & Cia. parceiros ideais para ser K9 de novo. Já o Peixe queria um verdadeiro centroavante, achou, talvez, um substituto perfeito para André.

Ao menos até 31 de julho de 2011, o caso de amor entre Santos e Keirrison, que prometeu contornos de novela mexicana, promete ter um final feliz. Mais do que nunca, o eterno carrasco santista agora faz gol à favor!


LANCENET!: Que Keirrison volta ao Santos hoje: o do Coritiba, Palmeiras ou o da Europa?
Keirrison: É um recomeço. Ainda farei uma preparação, mas a vontade é muito grande de ajudar. Nós atacantes sabemos que dentro de campo nunca muda, sei fazer gols. Além disso, aprendi muitas coisas na Europa, amadureci como pessoa e atleta. De longe, eu já acompanhava, mas agora chego para fazer parte deste projeto.

L!: Mas por que o recomeço logo no Santos?
K: Pelo projeto, diretoria e presidente. O clube faz um trabalho fantástico desde janeiro, por fruto de todos: atletas e comissão técnica. Vejo que o Santos, hoje, conseguiu criar uma família. Tem pessoas que estão lá, como o Dorival, com quem terei o prazer de voltar trabalhar. Vou crescer aqui.

L!: E pelo Dorival você abriu mão de parte do salário. Tinha que ser com ele o retorno, então?
K: Considero o Dorival um amigo, uma pessoa na qual sempre respeitei. Ele me ensinou e sempre conversou comigo enquanto estive na Europa. O conheço bem, foi fundamental e é um ponto importante para mim e todos os outros atletas. Abri mão de coisas, mas o melhor é estar de volta, tranquilo

L!: O André fez 26 gols em seis meses. Já traçou alguma meta?
K: Tenho sempre objetivos, conquistei tudo na base disso, mas sempre respeitei meus conpanheiros. O momento agora é para trabalhar essa semana e me preparar. Creio que o fundamental será tentar ajudar a conquistar, pensar no grupo e depois no individual. Mas quero ser artilheiro sempre.

L!: E as comparações? Muitos acreditam que você pode não se encaixar tão bem na equipe...
K: Vai mais da adaptação. Qualquer atleta pode se encaixar, existe um grupo com muita qualidade e jogar com atletas assim facilita demais. Vou precisar de uma sequência de partidas e de entrosamento.

L!: Foram dez gols contra o Santos. Algo especial?
K: Não, acabou acontecendo, é algo do futebol. Não tenho nada contra o clube, sempre respeitei. Aconteceu mesmo, é natural.

L!: Mas e se sair algum gol contra? Já fez algum?
K: Acho que não (risos). Nunca marquei e espero nunca marcar, são brincadeiras e coincidências. Hoje estou em outra fase da carreira, vou dar a minha vida pelo Santos.

L!: Muitos falam que lhe faltou cabeça para ficar no Brasil. Dava para dizer não ao Barcelona?
K: Qualquer pessoa que estivesse no meu lugar aceitaria. Não foi por dinheiro, não entrou nada para mim. Fui por um sonho, o Barça não aparece a qualquer momento. Aceitei por um sonho, sei que vou voltar para lá e vou jogar. Sou sonhador, tenho objetivos, mas vou pensar no presente agora.

L!: E o fato de ter jogado por um rival, teme pela pressão?
K: Não, sempre respeitei o clube. Tive uma boa passagem, mas a torcida sabe e reconhece que era apenas questão de futebol.

L!: Mas por que não jogou no Benfica e na Fiorentina? O Guardiola alguma vez justificou a sua saída do Barça?
K: Minha transferência para o Barcelona já foi para ganhar experiência fora, sabia do empréstimo e aceitei. O Benfica veio, mas eu era o oitavo atacante lá. Não vou criticar, mas é claro que isso dificultou. Não me queriam e fui para a Fiorentina, não tive sequência, mas fiz dois gols nos dois jogos em que fui titular. Sem sequência, garanto que nenhum atleta acontece.

L!: Então chegou a hora de se firmar? Cumpre o contrato até o fim de julho?
K: Esse contrato será cumprido. Eu estipulei que para vir teria que fazer a temporada toda, no futuro penso depois.

L!: Ficou mal explicada a sua saída do Palmeiras. Por que o Luxemburgo o criticou?
K: Não quis bater de frente com ele, até porque o Barcelona não queria ainda que desse entrevistas. Ele falou aquelas coisas, mas dentro do elenco do Palmeiras já sabiam que aconteceria, não foi uma surpresa. Falei depois com o Marcão (Marcos, goleiro) por telefone, ele brincou comigo dizendo que me cornetaria, mas que o grupo deu parabéns e que estavam comigo. Eles viajaram pelo Brasileirão e não pude me despedir. Não consegui me defender, mas saio de cabeça totalmente erguida, pois sei que todos estavam comigo.

L!: Naquele ano você tinha Diego Souza e Cleiton Xavier, o que acha de jogar com Ganso, Wesley, Neymar & Cia.?
K: São grandes jogadores, gosto muito do futebol do Ganso e do Wesley, que é muito rápido. O elenco do Santos, aliás, é muito bom e o Dorival conseguiu ajeitar bem, é uma família.

L!: Mas e o Neymar, o que espera da nova parceria?
K: Espero que embale. Eu já conversei com ele quando nos enfrentamos, é uma pessoa muito boa, conheci também o pai dele (Neymar da Silva Santos) em uma conversa rápida. A equipe toda tem tudo para continuar no mesmo ritmo.

L!: Após a saída do Dunga, a Seleção Brasileira certamente passará por renovação. Se candidata a camisa 9?
K: É uma meta que sempre procuro ter. Vai ser fruto de um trabalho, mas estou muito feliz que a Seleção passará por essa renovação. Creio que poderia ter oportunidade, vou trabalhar, treinar e fazer a minha parte. Está nas mãos de Deus, espero que dê tudo certo.

Fonte LanceNet

Keirrison manda recado para torcida santista

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