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No Itumbiara, Basílio se mostra indeciso sobre possível volta ao Santos
Fê
terça-feira, 30 de março de 2010
Atacante tem vontade de terminar a carreira na Vila Belmiro, mas teme 'arranhar' imagem de 2004, quando foi campeão brasileiro pelo Peixe
No Campeonato Paulista de 2004, Basílio realizou o sonho de vestir a camisa do Santos, time de coração do atacante e de sua família. E, apesar da estreia não ter sido com vitória, o jogador considera o 1 a 1 com o São Caetano, na Vila Belmiro, uma das partidas mais marcantes da sua carreira, pois o gol de empate do Peixe foi marcado por ele (veja o vídeo abaixo). No mesmo ano, Basílio ainda faria parte do grupo do Santos que foi campeão brasileiro.
- Aquele gol contra o São Caetano foi inesquecível. Não pelo resultado do jogo, mas pela história. O Santos sempre foi o meu time e toda a minha família estava presente na Vila Belmiro. Depois, no mesmo ano, ainda fui campeão brasileiro pelo Santos, que foi o título mais importante da minha carreira. E jogando em clubes brasileiros, tirando a Libertadores, o Campeonato Brasileiro é o título que mais marca a carreira de um jogador.
Basílio em treino do Santos. Jogador realizou sonho dele e da família quando jogou na Vila Belmiro
Hoje no Itumbiara, o atacante se mostra indeciso sobre uma possível volta à Vila Belmiro. Basílio não esconde que o lugar ideal para terminar a carreira, por toda a história, seria em Santos. Mas tem receio do retorno, com medo de não corresponder às expectativas da torcida.
- Com certeza eu tenho vontade de terminar a carreira no Santos. Mas é aquela coisa: quando você faz história em um clube, volta e não corresponde, fica complicado. Seria bom voltar, mas também sei que está bom como está.
Carreira internacional
Nascido em 14 de julho de 1972, na cidade paulista de Andradina, o atacante iniciou a carreira profissional em 1990, no clube que leva o nome de sua cidade natal. Após passagens em outros times do interior de São Paulo, Basílio obteve destaque no Olímpia-SP em 1995 e foi chamado para um período de três meses de testes no Borussia Dortmund, da Alemanha. Segundo o atleta, o acerto com a equipe não saiu por culpa de empresários.
- Eu estava muito bem no Olímpia e tive esta oportunidade. Foram três meses em Dortmund, época em que aprendi muito. O Júlio César (zagueiro) estava lá e eu pude atuar com jogadores internacionais consagrados, como Andréas Möller, Mathias Sammer e Jan Koller. Joguei o Torneio de Verão, mas nenhuma partida oficial. Ali, eu fiquei frustrado por não ter ficado. E foi por questão empresarial que não fiquei. Pediram muito pela minha transferência para a Alemanha...
Basílio afirma que não jogar na Europa talvez tenha sido a única decepção nos seus 20 anos no futebol. Mas nada que ele considere como uma grande frustração.
Basílio comemorando gol pelo Itumbiara
- Decepciona um pouco. A gente vê as partidas, como na Liga dos Campeões, e vê que é um futebol mais competitivo. Seria uma alegria ter ido. Mas não dá para dizer que fico frustrado, pois cada um sabe da sua condição, assim como não posso me frustrar por não ter jogado na seleção.
Além de “não ter jogado” na Alemanha, Basílio teve duas passagens pelo Japão, em 1998 e em 2006, defendendo o Kashiwa Reysol e o Tokyo Verdy, respectivamente. O atacante afirma que nas duas passagens sofreu com os terremotos do país.
- Foram duas temporadas boas e aprendi com uma cultura diferente. Até Joguei com o Bismarck em 98. No Reysol eu fui muito bem e consegui fazer minha história por lá. O problema eram os terremotos. Eram de cinco a seis por dia e o pior período era em julho. Tinha muito medo no início mas depois me acostumei.
O gol mais bonito da carreira
Quando perguntado qual era o gol mais bonito que já tinha marcado, o jogador não teve dúvidas. Na semifinal do Campeonato Goiano de 2008, contra o Atlético-GO, o atacante se aproveitou do fato do goleiro Márcio ter ido cobrar uma falta e acertou uma bomba do meio de campo (veja o vídeo). O Itumbiara acabou campeão goiano daquele ano.
Os outros clubes de massa que Basílio defendeu foram Coritba, onde foi campeão paranaense em 1999; Palmeiras, vencendo o Rio-São Paulo e a Copa dos Campeões em 2000; e Grêmio.
- Em todas as equipes que passei, fui bem. Sempre ganhei títulos, sempre fui correto e nunca tive problema com torcida e nem com diretorias, que são duas das coisas mais importantes na vida de um atleta. Meu time de criança era o Santos, mas se tivessem dois times que se eu pudesse jogar, principalmente pela torcida, seriam Flamengo e Corinthians.
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